O cantor pernambucano Léo da Bodega trouxe à cena musical uma obra de destaque com o lançamento de seu álbum de estreia, “Botija”. Inspirado nas tradições culturais de Olinda, o trabalho mergulha nas raízes pernambucanas e resgata elementos tradicionais como o Maracatu, a Ciranda e o Cavalo Marinho, mesclando esses ritmos com influências urbanas e contemporâneas do rap. Através do álbum, Léo expressa sua visão sobre Olinda, homenageando sua terra natal e construindo uma ponte entre o passado e o presente.
A produção do álbum foi conduzida por DMAX, produtor indicado ao Grammy e colaborador de artistas como Vitão e Projota, além do trio Los Brasileros, vencedores do Grammy com Karol G. A faixa de destaque, “Dejavú”, reflete bem essa mistura de influências, trazendo à tona o contraste entre as raízes culturais e a estética moderna do rap, proporcionando uma visão única do estilo de vida olindense.
Inspiração e misticismo: o significado de “Botija”
O título do álbum faz referência ao termo “botija”, um artefato de barro associado a superstições de tesouros escondidos. Léo utiliza esse elemento como uma metáfora, ressaltando a riqueza cultural de Olinda e explorando temas de tradição e misticismo. O álbum conta ainda com colaborações especiais das Filhas de Baracho, ícones da Ciranda, e dos Mestres Lilo e Micael Silva, novos talentos da cultura pernambucana.
“Dejavú” e o videoclipe nas ruas de Olinda
A faixa “Dejavú” abre o álbum com um videoclipe gravado nas ruas históricas de Olinda, apresentando jovens locais que percorrem a cidade montados a cavalo, em um visual que combina o passado e o presente. Dirigido por Flora Negri, Analu e pelo próprio Léo, o clipe traz um olhar realista sobre a juventude olindense, explorando a intuição e a busca por orientação em um cenário desafiador. As diretoras, conhecidas por trabalhos com artistas como Siba e Chico César, imprimiram uma estética autêntica ao projeto, capturando o cotidiano dos jovens pernambucanos com um toque moderno.
Um tributo à cultura de Olinda
Com “Botija”, Léo da Bodega não só estreia como cantor, mas também fortalece a conexão entre a tradição cultural de Olinda e uma nova geração. Em um som que honra o passado sem deixar de dialogar com o presente, o álbum é um retrato vívido de como a cultura pernambucana continua viva e vibrante.