Clássico da música brasileira, Lado B Lado A , d’O Rappa, completo 25 anos com assinatura marcante de Marcelo Lobato

Disco histórico redefiniu os rumores da música nos anos 90 ao misturar reggae, rap,

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Disco histórico redefiniu os rumores da música nos anos 90 ao misturar reggae, rap, rock e música eletrônica com identidade e ousadia

Um dos álbuns mais emblemáticos da música brasileira completou 25 anos. Lançado em 1999, Lado B Lado A , do grupo O Rappa , não apenas consolidou a banda no cenário nacional como também redefiniu os rumores da música brasileira ao unir reggae, rap, rock, batidas eletrônicas e poesia urbana em um único disco. E por trás dessa sonoridade inovadora, foi o produtor, multi-instrumentista e membro fundador da banda, Marcelo Lobato , responsável por grande parte das experimentações que originaram o álbum atemporal.

Faixas como “Minha Alma (A Paz Que Eu Não Quero)” , “O Que Sobrou do Céu” , “Me Deixa” , “Favela” e a faixa-título “Lado B Lado A” se tornaram verdadeiros hinos de uma geração. A produção do álbum, assinada por Chico Neves em parceria com a banda, teve em Lobato uma peça-chave, especialmente na construção das texturas eletrônicas, dos beats e do diálogo entre instrumentos orgânicos e programações digitais. Ouça aqui .

Entre as músicas de maior destaque estão “Minha Alma (A Paz Que Eu Não Quero)” e “O Que Sobrou do Céu”, ambas com forte carga emocional e crítica social. Os dois singles receberam diversos prêmios — “Minha Alma” venceu seis categorias no VMB 2000, incluindo Clipe do Ano e Escolha da Audiência, além de Melhor Clipe no Prêmio Multishow. Já “O Que Sobrou do Céu” levou os prêmios de Clipe do Ano, Melhor Direção e Melhor Fotografia no VMB 2001, consolidando o trabalho visual e musical da banda como referência.

“Foi um momento de muita liberdade criativa. Lembro que passamos madrugadas testando timbres, mixando sons de rua com sintetizadores e criando atmosferas que traduzissem a realidade brasileira. Esse disco é fruto de ousadia, escuta e muito trabalho coletivo”, relembra Lobato.

O álbum rendeu à banda turnês internacionais, reconhecimento da crítica e, acima de tudo, o carinho de uma legião de fãs que até hoje reverenciam esse trabalho. Músicas como “Minha Alma” continuam a reverberar nas playlists contemporâneas, nas trilhas de filmes, e nos discursos que pedem justiça social e empatia.

Além de sua contribuição histórica em Lado B Lado A , Marcelo Lobato segue ativo na música brasileira. Recentemente, o artista iniciou uma nova fase com seu projeto solo, onde mantém o espírito experimental e sensível que marcou sua trajetória. O single mais recente, “O Corte” , é um exemplo dessa nova etapa autoral, que valoriza o silêncio, a introspecção e a riqueza dos detalhes sonoros. Ouça aqui .

Ao revisitar Lado B Lado A , celebramos também a trajetória de um dos arquitetos desse clássico. Marcelo Lobato continua a trilhar caminhos que unem inovação, identidade e profundidade musical — qualidades que há 25 anos transformaram um disco em marco da história da nossa música.

Saiba mais sobre Marcelo Lobato:

Marcelo Lobato é músico, compositor e produtor, conhecido por sua trajetória marcante como tecladista, percussionista e vocalista d’ O Rappa . Atualmente, Marcelo é fundador da banda Afrika Gumbe e se dedica ao seu projeto solo, explorando novas possibilidades sonoras e transitando entre diferentes influências com uma abordagem experimental. Seu último EP, Carregador de Piano , mostrou um olhar autoral e intimista, evidenciando suas aparências. Agora, com o lançamento de O Corte , Marcelo reafirma sua identidade musical e sua capacidade de transformar reflexões profundas em experiências sonoras envolventes.

Foto Créditos: Rodrigo Ferraz

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